COM UM GRUPO DE VOLUNTÁRIOS, CASA TREMEDAL PRECISA FAZER PONTE COM UNIDADES PARA CONSEGUIR DOAÇÕES

A Casa dos Pequenos, responsável por acolher crianças de zero a sete anos incompletos, possui trinta voluntários que volta e meia realizam algum tipo de contato. A Casa das Meninas possui um grupo fixo, uma professora de reforço e uma voluntária que doa pães para a casa diariamente. A Casa Copacabana, que abriga meninos de sete a doze anos incompletos, possui dois grupos fixos de voluntários. A Casa dos Irmãos, por sua vez, tem cinco voluntários ativos e seis grupos com atividades regulares. Já a Casa Tremedal, que abriga adolescentes de 12 a dezoito incompletos, tem apenas um grupo de voluntários e depende das outras casas para conseguir doações. É o que conta Adriane Leite, coordenadora da unidade localizada na rua Tremedal, número 329.

Segundo a psicóloga da Casa Tremedal, Rafaela Francia, “a sociedade tende a valorizar mais a proteção e o cuidado com crianças do que com adolescentes. As crianças são vistas como dependentes, vulneráveis, indefesas e estão mais “abertas” ao controle dos adultos”, declarou a profissional. “Enquanto os adolescentes são vistos como quase-adultos, são mais independentes, capazes de cuidar de si e, como parte do período do desenvolvimento humano, a busca pela maior autonomia geralmente conflita com a necessidade de controle dos adultos, o que pode ser desafiador para a relação adolescente-adulto”. Além disso, o voluntário quer afeto, é o que diz a coordenadora da unidade.

Ela comentou que “o público infantil sensibiliza, é frágil, pequeno, é um público que, na cabeça do voluntário, vai atender a carência dela de afeto. Eu entendo o voluntário, eles querem ter o retorno afetuoso”. Já os adolescentes, ainda segundo a coordenadora, “não são um público que tocam as pessoas, a não ser quem reconheça, entenda esse perfil. Eles são receptivos, abertos, mas tem o jeito adolescente que não é todo mundo que gosta”. Fernanda Barbosa, assistente social da Casa Tremedal, disse que o voluntário avalia o adolescente como alguém que “já está na idade de trabalhar, não é um público que carece de atenção”, e mais uma vez reforçou a questão do afeto, “o adolescente tem o seu jeito de demonstrar, mas muitas vezes não atende as expectativas do voluntário”.

Na análise da psicóloga Rafaela Francia, observa-se que a não correspondência frequente às expectativas dos voluntários produz um reflexo no comportamento dos adolescentes. Surge, então, o que ela chama de comportamento reativo, uma autodefesa na qual os jovens se colocam numa posição de não necessidade de afeto. Essa atitude é evidenciada quando os voluntários chegam, alguns adolescentes preferem se retirar para um quarto. Isso não é tanto uma rejeição ou negação do afeto, mas sim uma manifestação do entendimento de que antecipam uma eventual falta de aceitação. Essa antecipação se enraíza em experiências prévias, muitas vezes traumáticas, no âmbito familiar.

Ela destaca que, em muitos casos, essa dinâmica não promove a imediata troca de afeto. A falta de receptividade inicial está, de certa forma, enraizada em uma proteção contra a possibilidade de sofrer a rejeição que pode se basear em preconceitos e estereótipos. Assim, essa resistência, em certo sentido, se origina na tentativa de evitar o desgosto que já foi inscrito desde os primeiros momentos da vida familiar. Como resultado, os adolescentes se antecipam a essa rejeição potencial, dificultando a abertura para a troca afetiva, pelo menos em um primeiro contato.

A importância do voluntário para a Irmão Sol

Como uma engrenagem que faz o relógio funcionar, assim é o voluntário na vida da Associação Irmão Sol. Todo mundo sabe que a maior importância do trabalho voluntário está na sociedade e na vida de quem ele transforma, cuja boa ação coloca nos olhos de nossas crianças mais esperança para um futuro melhor. Os voluntários, volta e meia, fazem tarefas que, de outra forma, seriam deixadas por fazer ou exigiriam trabalhadores pagos. Quem se voluntaria também pode oferecer novas perspectivas e ideias para as organizações com as quais trabalham e, frequentemente, inspiram outros a se envolverem em trabalho voluntário também. Fazer o bem é uma reação em cadeia e essa é uma das maiores importâncias do trabalho voluntário no geral.

Dessa forma, a Irmão Sol agradece imensamente seus voluntários e mais uma vez ressalta a importância deles na vida da associação. Por tanto, se quiser doar seu tempo, entre em contato com alguma de nossas unidades, em especial com a Casa Tremedal, o telefone de lá é 3272-3037. Se quiser doar dinheiro, o nosso Pix é irmaosol@irmaosol.org.br, esse é do Banco do Brasil, mas também temos o da Caixa, se preferirem: (31) 98494-9554. Além disso, temos uma conta no Banco do Brasil. Os dados dela são: Agência 1228-9, c/c 28081X. Caso queira apadrinhar uma criança, ligue para (31) 3411-3103.

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